No século XIX, Lamarck e Darwin propuseram teorias importantes para a Biologia. Lamarck apresentou leis sobre o uso e desuso de características e a transmissão dos caracteres adquiridos, que foram refutadas posteriormente pela genética. Darwin introduziu a Seleção Natural, pela qual características vantajosas seriam selecionadas ao longo do tempo. No século XX, surgiu a Teoria Sintética da Evolução, unificando conhecimentos biológicos. A despeito de sua importância, o ensino da evolução enfrenta desafios em todos os níveis educacionais, e a abordagem interdisciplinar é importante. A compreensão do tema é dificultada por concepções conflitantes e obstáculos religiosos. Pesquisas e recursos inovadores são necessários para superar essas dificuldades e ensinar a evolução de forma mais ampla e profunda. Dentro desta perspectiva, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) desempenha várias funções significativas. Além de ser um museu vivo com uma vasta coleção de plantas nativas e exóticas, o JBRJ conduz pesquisas em Botânica e promove iniciativas de educação ambiental. O JBRJ abriga uma diversidade ecológica e biológica substancial de animais, sendo um importante local de observação de avifauna no estado, contendo, aproximadamente, 182 espécies de aves, distribuídas em 43 famílias e 18 ordens. A observação de aves pode ser usada como ferramenta educacional para abordar conteúdos de ciências, como evolução, seleção natural, biodiversidade e importância ecossistêmica. Neste trabalho, a proposta é desenvolver um conjunto de aulas que utilizem a prática de observação de aves no JBRJ para auxiliar o ensino de evolução e seleção natural.