O trabalho monográfico faz uma análise do discurso norte-americano de intervenção para o Iraque, que resultou na invasão de 2003. Mais especificamente, trata-se de compreender tal discurso utilizando o conceito de lógica de simulação, argumentando que aquele discurso simulou a soberania do Iraque, o que possibilitou a intervenção. Inicialmente, faz-se uma exposição daquele conceito e do marco teórico mais amplo que o sustenta, possibilitando a análise discursiva feita no trabalho. Em seguida, os principais elementos que compuseram o discurso de intervenção dos Estados Unidos são detalhadamente expostos, fornecendo a base para a análise que é feita em seguida. Por sua vez, a análise é feita recuperando os principais aspectos do discurso norte-americano e explicando-os de acordo com o conceito baudrillardiano de simulação, defendendo a posição de que aquele discurso, por funcionar como um simulacro, tem como efeito político a simulação da soberania do Iraque e a fixação da sua qualidade de Estado soberano de acordo com a noção tradicional de soberania estatal.