O objetivo da monografia é investigar os fatores que explicam a aproximação entre China e EUA segundo a perspectiva teórica do sistemamundo de Wallerstein. A partir de uma economia-mundo, na qual os estados interagem de acordo com sua capacidade produtiva e valor agregado da produção, será visto qual o posicionamento hierárquico ocupado pelos EUA e China. A partir disso, será analisado como as movimentações internacionais de poder e de âmbito financeiro e comercial contribuíram com a aceleração de interdependência entre os dois países a partir da década de 70. A crise da hegemonia americana não será vista como o fim do sistema capitalista como sugere Wallerstein, mas sim como uma reestruturação necessária para que tal sistema garantisse sua continuidade, tendo no poder o próprio EUA. A partir do momento de crise do capitalismo o pensamento de Luis Fiori será aplicado para explicar como uma potência central, em momentos de contração, precisa recriar seus próprios adversários para viabilizar a acumulação de seu poder e de sua posição dentro do sistema internacional. Neste sentido, através da realocação produtiva no sudeste asiático, a China entra para o cenário internacional puxada pelos EUA. E, a partir, de então estabelecem uma relação baseada na complementaridade produtiva e interdependência econômica. Fato que torna seus respectivos futuros econômicos interligados.