O presente trabalho apresenta o importante papel que a nova definição de Ser como dynamis, apresentada no Sofista (247e), desempenha na nova ontologia exposta no diálogo. Antes dessa passagem, no entanto, o Estrangeiro de Eleia empreende uma investigação que visa colocar sob exame as principais teses ontológicas daquela época. A nosso ver, torna-se imprescindível a análise da investigação empreendida pelo Estrangeiro, bem como de suas implicações para o estabelecimento da nova definição expressa em 247e. O artigo está dividido em quatro seções: a) a primeira, contextua a necessidade da investigação sobre o Ser; b) a segunda, examina os argumentos lançados sobre a tese monista; c) a terceira se detém sobre a célebre passagem da gigantomaquia (246a-249b) e à primeira menção da definição de ser ali proposta; d) a quarta seção se dedica a mostrar como a definição de Ser como dynamis exerce um importante papel no paradoxo dos aprendizes tardios e possibilidade de comunicação entre os gêneros. Com base nisso, espera-se com as considerações finais reconhecer o importante papel exercido da definição Ser como dynamis no estabelecimento dos gêneros supremos.