Esta pesquisa aborda a realidade do Conselho Pastoral Paroquial como um instrumento privilegiado de implantação da eclesiologia do Concílio Vaticano II, de modo especial, em sua imagem de comunhão e participação. Com a conclusão do Sínodo dos Bispos sobre o tema da sinodalidade e a busca de caminhos para que a Igreja do século XXI possa viver a sua missão de caminhar juntos, o Conselho Pastoral Paroquial, desde a sua gênese conciliar e na sua configuração jurídica no Código de Direito Canônico, foi apontado pelas Diretrizes Gerais da Igreja do Brasil como instrumento efetivo para a realização da Igreja como comunhão e para envolver os batizados, clérigos, religiosos e religiosas, leigos e leigas na participação e na corresponsabilidade, fazendo perceber que a sinodalidade já vinha acontecendo na Igreja do Brasil. A participação dos batizados nos processos de tomada de decisão, práticas de prestação de contas e avaliação, ocorrem por meio de mediações institucionais, principalmente nos organismos de participação. A conversão pastoral em perspectiva sinodal será promissora e perceptível quando esses organismos forem assumidos com toda a sua eficiência e vitalidade efetivas, possibilitando a corresponsabilidade de todos os batizados e batizadas na vida e no cuidado pastoral das comunidades eclesiais. A Igreja só realizará a comunhão de todos se houver estruturas de participação que possibilitem tal comunhão. Na Igreja do Brasil, as Diretrizes Gerais orientaram essa caminhada nestes últimos 60 anos.