A presente monografia visa analisar os componentes envolvidos na percepção da França e da Inglaterra sobre a adesão da Turquia à União Européia. Os aspectos das políticas externas de países do bloco europeu que mais contribuem para a tomada de decisão em relação ao seu alargamento são a preservação dos interesses econômicos e a afetação provável das hierarquias e influência de cada país. Nesse caso, enquadra-se o pleito da Turquia e as posições distintas da França e da Inglaterra. Sabe-se que os dois países em questão têm-se manifestado historicamente, em alargamentos anteriores, com contraposições espelhando os seus interesses e rivalidades econômicas e de influência. No caso atual da Turquia, alguns desses aspectos históricos são verdadeiros e, por causa disso, o presente trabalho analisa os custos e benefícios de sua inserção na União Européia, sob os pontos de vista da França e da Inglaterra. Para a análise do cálculo estratégico dos países supracitados em suas posições relativas à possibilidade da inclusão turca na União, usou-se o Modelo I, de Graham Allison (Allison, 1971, p.32), que avalia as alternativas e conseqüências para se chegar à melhor decisão política de cada país em consideração. O aceite inglês e a negação francesa resumem o impasse entre França e Inglaterra, nesse contexto. Novos estudos para a complementação do presente trabalho são necessários e, entre outros, os pontos de vista da Turquia com as vantagens de sua entrada e a caracterização das bases de negociação de convencimento da França e dos outros Estados Membros da União Européia.