A análise da construção discursiva do que veio a ser Segunda Guerra do Iraque é fundamental no entendimento de como as condições de possibilidades da intervenção foram (re)produzidas. O regime de Saddam Hussein foi simbolizado pela administração George W. Bush como uma tirania cuja natureza maligna oprimia sua própria população. Nesse contexto, as práticas discursivas dicotômicas atuaram de forma a posicionar o regime iraquiano como uma ameaça aos Estados Unidos e a paz no Sistema Internacional. A articulação discursiva buscou informar, através de práticas de oposição e de associação, que o objetivo dos Estados Unidos era de espalhar a democracia e de libertar o povo iraquiano do regime de Saddam Hussein. Portanto, para entender como foi realizada a construção do uso da força como única política possível, faz-se necessário uma análise discursiva de forma a identificar como foi estruturado o discurso intervencionista e, além disso, a representação da soberania iraquiana.