Este trabalho tem como objetivo analisar a questão curda no território da Turquia, mais especificamente da relação do governo turco com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é classificado como terrorista, e de prover recomendações para os atores envolvidos, visando maior possibilidade de diálogo para uma mediação e maior grau de proteção aos curdos no sentido humanitário. Na introdução, é apresentada a discussão sobre a proscrição (caracterização de atores como terroristas), assim como as informações sobre a população curda, em termos sociais, demográficos, de origem. No capítulo seguinte, faz-se uma breve contextualização sobre o histórico curdo no território da Turquia, demonstrando os desdobramentos da relação entre as partes, até chegar à fundação do PKK e o subsequente conflito com o governo turco. Nos próximos capítulos, são desenvolvidas duas questões pertinentes ao tema, principalmente nas fases mais recentes do conflito: primeiramente, é referido o debate acerca da mediação internacional e como a caracterização de atores impacta nos processos de paz, principalmente limitando a ação de agentes não estatais, também aplicando ao caso curdo; posteriormente, demonstra-se como a escolha pela proscrição pode impactar no contexto de novas guerras, prejudicando a proteção humanitária de civis curdos. Por fim, o trabalho conclui retomando a urgência de lidar com o tema de uma nação desprotegida no âmbito internacional, sugerindo recomendações que permitam maior inclusão nos processos de paz, abertura para o diálogo e mobilização na proteção humanitária.