As zonas costeiras, de um modo geral, estão entre as áreas de maior risco no contexto da mudança climática, devido à concentração de ecossistemas importantes e recursos naturais típicos dessas áreas. Essas regiões abrigam uma grande parcela da população global em metrópoles urbanas, juntamente com uma concentração de estruturas críticas, como as indústrias portuárias, definindo uma alta exposição a ameaças incidentes. Devido à sua localização, as regiões litorâneas são afetadas por eventos críticos como a subida do nível do mar e outros fenômenos climáticos. Eventos de natureza extrema, como ciclones e tempestades costeiras, que somados à variação de marés podem causar ressacas e ondas gigantes. Tais eventos podem impactar essas áreas como erosão costeira, inundações, intrusão salina em corpos hídricos e desequilíbrio dos ecossistemas. A combinação dessas ameaças com o alto grau de exposição e a condição de vulnerabilidade de muitas das cidades litorâneas, pode resultar em perdas e danos relevantes. Esse alto risco define a importância de estudos sobre a vulnerabilidade de cidades costeiras nos dias atuais. Este estudo apresenta o resumo dos conceitos associados à mudança climática, vulnerabilidade e resiliência que foi baseado em uma análise crítica da literatura. Além disso, propõe uma estratégia metodológica para avaliar a vulnerabilidade climática de áreas urbanas costeiras, considerando tanto a população como os bens que estão em risco. A ferramenta de metodologia desenvolvida apresenta matrizes conceituais e inter-relações entre variáveis e indicadores. A integração de dimensões físicas e socioeconômicas, assim como as infraestruturas, instalações básicas e da capacidade de adaptação, permite aplicação deste método utilizando os dados selecionados para definição de prioridades nas políticas públicas.