Este estudo investiga de que maneira a ideia de Justiça Territorial se relaciona com a desigualdade digital na educação básica brasileira no período pandêmico, que foi escolhido como ponto de partida pela sua singularidade marcada por desafios sem precedentes na educação. A pandemia de COVID-19 não apenas interrompeu abruptamente o funcionamento das instituições educacionais, mas também exacerbou desigualdades preexistentes, especialmente no acesso à tecnologia e à educação digital. O fechamento de escolas físicas e a transição para o ERE destacaram as disparidades de infraestrutura, acesso à internet e competência digital entre alunos de diferentes contextos socioeconômicos e geográficos Como aporte teórico para o conceito de Inclusão Digital, foi utilizado os autores: Araújo (2019,), Scavino e Candau (2020) e Silva (2021), já o aporte teórico para Justiça Territorial foi montado com os seguintes autores: Castilho (2016), Lima (2020), Madeira e Vale (2015) e Van Den Brule (2020). A metodologia fundamentou-se por uma revisão bibliográfica, utilizou-se o site da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e da Scielo, inicialmente foram encontradas 55 pesquisas (somando ambas as plataformas). Posteriormente, foi aplicada a análise de conteúdo de Bardin (1977) para seleção e categorização das pesquisas. Os resultados revelaram um panorama de injustiça territorial em espacialidades mais vulneráveis da população, revelando dificuldades de acesso ao espaço digital e educacional no recorte temporal de 2020 a 2023.