O objetivo desta dissertação foi instrumentalizar pesquisas em assertividade sexual no Brasil. Para isso foram realizados dois estudos, o primeiro foi uma revisão sistemática buscando por ensaios clínicos randomizados que tivessem uma intervenção com desfecho em assertividade sexual, e quais suas principais características e fatores que mais impactariam neste resultado. Retornaram 10 estudos revisados, com nove intervenções diferentes e envolvendo 1285 participantes no total. Uma meta-análise apontou que comparado ao grupo controle, todas as intervenções experimentais foram efetivas, fossem estudos exclusivamente com adolescentes estadunidenses ou com adultos iranianos, esse último grupo apresentando alta heterogeneidade em seus resultados. O segundo estudo se propôs a investigar as propriedades psicométricas da Escala de Assertividade Sexual para mulheres brasileiras. Foi conduzida uma pesquisa transversal que contou com 1031 mulheres, com mulheres que tiveram relações sexuais recentes e outras que não. Verificamos que o instrumento é psicometricamente aceitável e possui bons índices de ajuste, e não apresentou diferença de resposta nesses dois grupos de mulheres. Evidencia-se assim que a assertividade sexual é uma habilidade social com diversos benefícios a autonomia sexual, portanto integrar e expandir seu desenvolvimento no Brasil pode impactar positivamente na saúde sexual da população, além de termos uma medida que pode ser replicada em estudos e na prática clínica, verificando essas mudanças na assertividade sexual.