A pesquisa objetiva explorar como o trabalho remoto afeta a identificação organizacional dos colaboradores e, por conseguinte, pode influenciar no seu desempenho e satisfação. Para fundamentar teoricamente o trabalho, foi realizada uma revisão da literatura sobre os impactos positivos e negativos do teletrabalho no cotidiano dos colaboradores e na sua identificação com a organização. Foi feito um estudo de caso, com abordagem qualitativa, entrevistas semiestruturadas com treze colaboradores de uma empresa de logística portuária que, atualmente realizam o trabalho remotamente, seja ele parcial ou integral. A análise se restringiu a colaboradores das unidades de negócio do Rio de Janeiro e São Paulo. Os resultados das entrevistas foram analisados à luz da literatura consultada, objetivando explorar quais as bases das relações de troca entre os entrevistados e as empresas nas quais atuam. Identificamos que, embora grande parte dos profissionais aprecie o teletrabalho e enfatize que esse modelo proporciona uma melhora na qualidade de vida, a presença no escritório ainda é um fator determinante para a identificação organizacional. Como desdobramento dessas percepções, os entrevistados, em sua maioria, sugeriram um modelo híbrido, onde se é possível manter o relacionamento e a identificação com a companhia e garantir a qualidade de vida que o teletrabalho proporciona.