Refletir sobre as dificuldades de acesso à saúde enfrentadas por determinados grupos como a população LGBTQIA+, em especial às pessoas transgênero, é uma demanda urgente aos serviços de saúde. Provocados por esta problemática, profissionais do Sistema Único de Saúde, de uma Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo/SP, desenvolveram uma ação de educação popular em saúde que buscou discutir questões importantes como transformações corporais, identidade de gênero, violência, saúde mental e bucal que impactam no acesso aos serviços de saúde para essa população. Através de rodas de conversa, metodologia democrática e dialógica de discussões coletivas, construídas com a comunidade, esses temas foram problematizados. Essa ação propiciou a escuta das demandas sociais e de saúde, educação permanente de profissionais da saúde através desta temática e, superando as expectativas, o princípio de uma parceria de trabalho entre o setor privado e público para pessoas transgênero. É premente expor, discutir e problematizar o tema para que reflexões e mudanças ocorram nas pessoas e nos serviços de saúde, viabilizando reflexões sobre capacitação dos profissionais, aumento da representatividade e da participação social de pessoas transgênero nos serviços de saúde.