Em 2019, o mercado de aviação contribuiu com US$18,8 bilhões ao PIB brasileiro, representando 1,1% do total. Com previsão de aumento no tráfego global, que deve superar os números de 2019 e chegar a 9,7 bilhões de passageiros em 2024, e cerca de 25 bilhõesaté 2052, os aeroportos estão se preparando para expandir suas operações e atender à crescente demanda. O estudo sobre o aumento de voos e, consequentemente, dos passageiros que circulam em um aeroporto é de suma importância para sua boa gestão e análise de eficiência, pois permite um planejamento adequado de infraestrutura e disponibilidade de recursos. A conectividade entre aeroportos facilita o fluxo entre cidades, estados ou países, dando abertura à permuta de economia e cultura entre regiões, fortalecendo a integração global. No trabalho em questão, foram conduzidas entrevistas com os funcionários do RIOgaleão, análise de documentos e arquivos da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Governo Federal e do RIOgaleão, além de avaliar os dados fornecidos pelos colaboradores para realizar a análise de forma triangular. Através da avaliação de indicadores-chave de desempenho e de projeções para atingir a capacidade máxima, esse trabalho destaca a importância do monitoramento constante dos KPIs para garantir a eficiência operacional e a satisfação do usuário. Com essas implementações, a empresa RIOgaleão estará preparada para atender ao crescimento da demanda sem que sua operação e qualidade do serviço sejam comprometidos. Em 2024, o aeroporto Santos Dumont passou por um processo de restrição de voos, direcionando o tráfego aéreo para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão. O objetivo deste estudo é verificar como o Aeroporto Internacional Tom Jobim, também conhecido como Galeão, poderá manter a qualidade da operação e evitar problemas causados pelo aumento do tráfego de passageiros em um cenário de crescimento de demanda. O Galeão opera com capacidade e infraestrutura subutilizada, uma vez que possui capacidade de receber 37 milhões de passageiros ao ano e, em 2024, estima-se que 15 milhões de usuários passem pelo aeroporto. Seria necessária uma taxa de crescimento anual composta de 6% para atingir a capacidade máxima até 2039, final da concessão, o que não deve se concretizar, visto que a taxa de crescimento anual composta do Aeroporto de Guarulhos foi de 2,5% entre 2015 e 2019. Por conta da capacidade e infraestrutura ociosas, o Galeão pode ser um hub aéreo competitivo se depender da eficiência na alocação de recursos e da atração de parcerias. Contudo, com o crescimento do PIB de 2% ao ano, não é suficiente para atingir a capacidade máxima até 2039.