A presente dissertação tem como objetivo central analisar a Política de Educação Permanente do Conjunto CFESS/CRESS como estratégia de (re)afirmação do Projeto Ético-Político do Serviço Social. Busca refletir sobre a educação burguesa para a formação de capital humano e a educação em uma perspectiva emancipatória e contra-hegemônica; examinar o processo de transformação e precarização no mundo do trabalho e seus rebatimentos no Serviço Social no contexto do capitalismo contemporâneo; e compreender o acirramento da precarização do trabalho da assistente social. A questão norteadora desta pesquisa é que a Política de Educação Permanente do Conjunto CFESS/CRESS fortalece o Projeto Ético-Político do Serviço Social, no entanto, o avanço da precarização do trabalho impacta os espaços de organização e formação das assistentes sociais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com estratégias metodológicas que envolvem revisão bibliográfica e pesquisa documental com análise de documentos do Conjunto CFESS/CRESS, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e relatórios do Banco Mundial. A análise dos dados mostra a relação intrínseca entre educação e trabalho, a mercantilização da educação e a importância de uma educação como instrumento de emancipação humana. Explicita também os desafios colocados ao Serviço Social na defesa de uma educação permanente.