A Embraer evoluiu de maneira extraordinária para os padrões brasileiros, ao longo dos anos, desde a sua criação, passando pelos momentos de crise, na década de 80, até o seu período de sucesso, que data até hoje. Órgãos como o ITA e o CTA estão intrinsicamente ligados com a criação e com o sucesso da empresa. A relação entre eles e a Embraer estabelece o alto grau tecnológico sobre o qual, desde sua fundação, a empresa opera. O modelo de internacionalização pela Escola de Uppsala nos serve de arcabouço teórico para a análise do caso da Embraer, que atualmente é uma das quatro principais empresas aeronáuticas do mundo, devido, principalmente, ao sucesso de seu processo de internacionalização. Hoje, a Embraer é uma empresa atuante em todo o mundo, possuindo instalações e filiais em países como EUA, França e China. Os conceitos da Escola de Uppsala servem de base para entendermos as estratégias pelas quais a internacionalização da Embraer teve êxito, por meio do entendimento e da aplicação de conceitos como o de “distância psíquica” e da lógica sequencial no processo de internacionalizar. Com um perfil estratégico voltado para a “desverticalização” da produção e o investimento maciço em P&D, a Embraer consegue engatar anos seguidos de sucesso a nível global, tanto em termos econômicos quanto em termos competitivos. Por esse motivo, diversos desafios aparecem para a empresa, que, com uma influência global cada vez maior, deve escolher mais uma vez o leque adequado de estratégias para, assim, conseguir continuar operando com sucesso em um mercado tão competitivo e globalizado.