Protozoários é a denominação dada aos organismos majoritariamente heterotróficos do grupo Protista. Esse grupo possui singular importância tanto para a ciência, em estudos como biomonitoramento, ecologia de comunidades e ecossistemas e controle de pragas, quanto para algumas relações simbióticas e para os ecossistemas que habitam, como em solos e ambientes aquáticos. No ensino de ciências e biologia brasileiro, o grupo é comumente ensinado nos anos finais do ensino fundamental e posteriormente, revisitado no ensino médio com diferentes abordagens. No presente estudo foram selecionados trinta e dois trabalhos (dissertações de mestrado, monografias, resumos de anais de eventos acadêmicos, capítulos de livros e artigos científicos), com o intuito de analisar como o conteúdo de protozoários é transmitido em sala de aula, sua abordagem perante as principais características do grupo, sua importância ecológica e para a pesquisa. Foi observado que o conteúdo de protozoários para o ensino fundamental é mais detalhado, abordando morfologia e taxonomia dos grupos, em comparação ao ensino médio, onde são abordadas majoritariamente as patologias que esses organismos podem causar aos humanos. Por diversas vezes, as atividades práticas com protozoários foram descritas como prazerosas pelos alunos e construtivas ao seu conhecimento. Observou-se que os organismos foram de fácil obtenção e manipulação, estimulando a curiosidade através da experiência laboratorial e promovendo o ensino não só do grupo, como também de outros conteúdos de forma integrada, como a microscopia. Constata-se desta forma, que a maneira como transmitimos o conteúdo de protozoários não aborda de forma efetiva os avanços científicos e as principais características acerca destes organismos, se fazendo necessário buscar por novas formas de ensinar o conteúdo no Brasil.