A partir de uma experiência de conversação com Cláudio Pastro, o autor propõe uma releitura da capela universitária da Universidade Católica de Pernambuco, reformada pelo artista, na perspectiva de uma teologia menos discursiva e mais iconográfica. Na primeira parte, o artigo narra os aspectos que permitiram, a partir de conversas diversas, propor uma reforma desse espaço de culto e oração à luz do concílio Vaticano II, atestando o quanto a questão da imagem é fundamental na ética cristã, não delegando à estética um debate apenas sobre beleza e seu significado. O edifício cristão reúne um universo muito eloquente, em que se revela a visualização do que é celebrado. Na segunda parte, passa-se da pedagogia do espaço reformado a uma mistagogia, graças à simbologia dos monumentos litúrgicos e outros elementos da arte sacra, ícones da Igreja e da vida cristã. Enfim, à guisa de conclusão, uma síntese aberta, ensaiando novas interpretações da tradição jesuíta, do cristianismo e do próprio espaço litúrgico.