Esta dissertação se propõe abordar o tema dedicado às relações raciais no Brasil, focando na construção de identidades negras em contextos acadêmicos, com ênfase nos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (NEABs) e correlatos. O estudo se concentra no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (NEABI UENF) e no Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-americanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROAFRO UERJ). Através da observação participante, procurou-se explorar a atuação desses grupos e sua influência sobre os integrantes. A partir de uma sociologia histórica, destaca-se o Movimento Negro como sujeito central na luta por reconhecimento e resgatam-se conceitos como negritude, pedagogia cívica, educação não-formal e demais pedagogias que se mostram no processo de formação dos sujeitos. Diante da relevância histórica dos núcleos e os diversos atravessamentos, conclui-se através de uma pesquisa qualitativa, que esses espaços fortalecem identidades negras, incentivando a participação política e, ainda, a permanência de estudantes negros na universidade, de forma a promover igualdade racial nesses ambientes, o que contribui para o aspecto da diversidade e representatividade acadêmica.