Esta pesquisa analisa a recepção pós-conciliar da teologia do presbiterado do Vaticano II. O período pós-conciliar é entendido como o momento após o encerramento do Concílio até hoje. O estudo mostra o desenvolvimento da concepção renovada sobre a natureza e identidade dos presbíteros, que tem sua origem conceitual no reenquadramento proporcionado pela eclesiologia renovada, presente na Constituição Lumen Gentium, número vinte e oito. O trabalho assume o método da leitura bibliográfica e expõe os resultados do estudo dos principais documentos e eventos do Magistério Universal, bem como das duas principais correntes teológicas relacionadas ao tema. Estas duas frentes de pesquisa no pósconcílio têm em comum o fato de reproduzirem, com nuances diferentes, a polarização que se deu no Concílio entre uma linha mais cultual e outra missionária ou uma perspectiva mais cristológica e outra eclesiológica. Junta-se à análise do quadro de ideias a leitura de como alguns eventos histórico-teológico, sobretudo a crise de identidade teológica dos presbíteros marcou a recepção conciliar. Somado a isto, a obra traz uma rápida menção sobre questões atuais ligadas ao tema. Finalmente, com os dados levantados, o trabalho propõe uma leitura comparativa no último capítulo, expondo elos e rupturas, conceitos e ideias que marcaram definitivamente a leitura do Decreto Presbyterorum Ordinis, neste quase 60 anos de história.