Este artigo resulta de uma pesquisa quantitativa, realizada com pouco mais de dois mil seminaristas católicos, brasileiros, em maio de 2020, seguindo-se uma segunda fase de pesquisa, de cunho qualitativo. Foram realizadas treze entrevistas semiestruturadas, com seminaristas das cinco regiões brasileiras, integrantes dos últimos anos do discipulado e configuração. A partir de suas narrativas, algumas articulações com autores contemporâneos foram estabelecidas. O objetivo central do trabalho era compreender como a dinâmica formativa dos seminaristas católicos foi, e continua sendo impactada pela pandemia de COVID-19, que afetou, claramente, o processo formativo vivido em nossos Seminários. A pandemia fez com que formandos e formadores repensassem muitas das configurações atuais da formação presbiteral. A crise sanitária fez com que voltássemos à questão da real necessidade dos Seminários e como pensá-los, no século XXI, vivendo a orientação da Igreja, através da Ratio Fundamentalis e da Igreja no Brasil, pelo Documento 110 (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil).