O efeito do envelhecimento em tempo real nas propriedades mecânicas, químicas e cinéticas da borracha de copolímero de copolímero etileno-propileno-dieno não conjugado (EPDM) foi quantificado, após ser exposto a condições reais de operação no sistema artificial de elevação de petróleo, do campo de Peregrino (administrado pela Equinor Brasil Ltda.). A borracha EPDM foi coletada de parte da camada de proteção mecânica (Jacket) dos cabos de alimentação elétrica das bombas eletro-submersíveis (ESP). O estudo envolve amostras de 0, 2 a 4.8 anos e com profundidades que variam de 0, 760 a 2170 m abaixo do nível do mar. O envelhecimento foi acompanhado por estudos de técnicas de espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) assistida por reflexão total atenuada (ATR), microscópio eletrônico de MEV, juntamente com espectrômetro de dispersão de energia (EDX), analisador térmico simultâneo (STA), medição da fração de reticulação, dureza (escala Shore D), testes de tração uniaxial e testes de adsorção no fluido de proteção (Parker-fluido mais safe-Scan). A estabilidade da borracha EPDM foi estudada por métodos não isotérmicos como: Kissinger-Murray-White (KMW), Ozawa-Flynn-Wall (OFW), Friedman (FR), análise cinética combinada (CKA) e correção da cinética combinada análise por isoconversão (CKA-ic). Uma oscilação de 5 por cento na energia de ativação aparente (E2 igual a 48 kJ/mol) durante a degradação térmica do material em N2, mostra uma reação que produziu uma ordem de reação (n igual a 0.93), um fator preexponencial (A igual a ln(40 /min-1)) e indica que o material não sofre ataque hidrolítico ou degradação por oxidação, comparando com os observada nos testes de envelhecimento na presença de água e compressão. Por outro lado, as propriedades do teste de tração uniaxial mostram sensibilidade à profundidade de as amostras, o que pode muito bem indicar degradação de áreas amorfas de EPDM, produto de altas temperaturas e pressões no depósito.