As lutas antirracistas se encontram nas bases de formação do pensamento e das teorias feministas para quem transita pelas trocas epistêmicas aos estudos sobre gênero e raça. A implementação das políticas de reserva de cotas para pessoas negras (pretas e pardas), denominadas cotas raciais, também repercute nos programas de pós-graduação. Isso não apenas pela participação de pessoas negras nos espaços de produção de conhecimento, mas sobretudo interferindo nesses programas (latu sensu e stricto sensu) através da filiação ao conhecimento crítico, antirracista e antissexista para refletir a colonialidade destes. Neste estudo intentamos refletir em que medida essa produção é responsável pelo aumento de pesquisas sobre os feminismos autoproclamados decoloniais no Brasil, incluindo o feminismo negro, através de dados sobre a produção do Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia (PPGNEIM/UFBA), identificando a própria política de cotas raciais nos cursos de graduação como uma potência ruidosa nas recentes pesquisas sobre mulheres, gênero e feminismos.