Novas tendências no lidar com a morte: festas/velórios, mídia digitais, espetáculo e personalização é o tema desta tese que tem o objetivo de examinar as novas tendências no lidar com a perda e de como as pessoas usam a internet para reconfigurar suas manifestações de afeto, tristeza, lembranças, homenagens, especialmente nas áreas mais sensíveis da vida. Formas de fazer com que o fim, a despedida dos seres humanos, seja tão mais fácil e menos desagradável quanto possível. A pesquisa também aborda as novas configurações dos funerais e novas atitudes do homem diante da morte e os novos avanços da ciência e tecnologia. O poder investe a vida, não mais a morte. Nunca se falou tanto na vida, nas interferências da medicina e da tecnologia, daí o desinvestimento da morte, que passa a ser insignificante diante de uma sociedade insaciável por se manter jovem e energizada. Com base nessa observação, a tese faz uma reflexão, através de exemplos de pessoas que se alimentam pela relevância da valorização da vida humana, especificamente no Ocidente e quais as ideias sobre imortalidade, o medo diante da morte e a vida que se recria, ou se deseja recriar após a morte com base no universo tecnológico. A partir desse questionamento, o percurso será baseado numa análise do mercado midiático das empresas funerárias, que têm investido e inovado seu aparato tecnológico, com a finalidade declarada de tornar a hora do adeus menos traumática. Além de se utilizarem das redes sociais, no caso o Facebook, sites especializados e os games, mostrando como esse eu ausente ou mesmo o não pensante se tornam vivos, pois, apesar de finados, têm suas identidades (re)criadas pela representação e reconhecimento dos outros, no intuito de preservação de uma herança digital.