A cidade de Teresina, uma das capitais de menor IDH do Nordeste e do Brasil, está a cada dia mais vulnerável aos impactos do aquecimento global. Por isso, é premente a preocupação com a redução dos efeitos da variação climática sobre seu território e sua população e com as formas mais adequadas de responder a estes efeitos. Essa necessidade não é exclusiva das cidades menos favorecidas dos países em desenvolvimento, mas é nelas que os esforços para enfrentamentos precisam ser maiores. Felizmente, há estratégias a serem adotadas no planejamento e projeto urbanos contemporâneos que podem auxiliar nesse sentido. A Agenda Local, por exemplo, é um importante instrumento que pode ser usado por sociedade, empresas e gestores para alcançar essa meta. Ela consiste em um processo do qual fazem parte diversos atores comprometidos em traçar os caminhos considerados prioritários no direcionamento da cidade para o Desenvolvimento Sustentável. Entretanto, para cumprir seu papel consistentemente, este documento precisa ser elaborado à luz dos princípios de uma cidade resiliente. Por vários motivos, muitas Agendas ainda precisam ser fortalecidas nesse ponto, a partir, inicialmente, da identificação de suas falhas. Esse é o caso da atual Agenda de Teresina, aqui analisada segundo sua contribuição para a resiliência urbana no contexto da crise socioambiental.