Com este trabalho, pretende-se estudar e confrontar os pressupostos antropológicos e teológicos de duas diferentes concepções de economia: os da economia atualmente preponderante, calcada no individualismo e no utilitarismo e os de um novo modelo econômico recente e bem menos conhecido, de raízes cristãs, a Economia de Comunhão (EdC). Paradoxalmente, a EdC é ainda pouco conhecida em meio católico e assim esta dissertação toma também para si a tarefa de contribuir para um seu melhor entendimento. Estamos muito distantes de conceber a EdC como um novo modo de agir econômico, uma nova forma de gestão empresarial ou de economia solidária, buscando mostrar, isto sim, que a EdC é sobretudo uma opção antropológica e espiritual que transborda estes territórios, desembocando na prática empresarial e deitando suas raízes em uma específica concepção do ser humano. O trabalho inclui uma descrição da própria EdC, suas origens, características e implicações teológicas, sua história e pré história, sua identidade e missão, bem como as visões críticas a seu respeito. Como parte indispensável, a dimensão propriamente antropológico-teológica da EdC e a concepção típica da antropologia teológica cristã em geral serão estudadas e comparadas.