Diagonalização
e Forma Canônica de Jordan
A forma diagonal de uma matriz
Seja uma matriz A n por n que tenha
autovetores linearmente independentes. Se estes vetores forem escolhidos
para serem as colunas de uma matriz S, tem-se que S-1AS é
a matriz diagonal L,
com os autovetores de A em sua diagonal principal.
Obs: Chamamos S de "matriz dos autovetores" e L
de "matriz de autovalores".
Podemos tirar as seguintes relações:
AS = SL,
ou S-1AS = L,
ou A = SLS-1
A matriz S é inversível, porque assumimos
que suas colunas (os autovetores) são linearmente independentes.
Exemplo
Forma Canônica de Jordan
A forma de Jordan tem como objetivo tornar a matriz
M-1AM mais diagonal possível. Se os autovetores de uma
matriz A forem linearmente independentes, então M = S e chegamos
à J = S-1AS = L;
a forma de Jordan coincide com a matriz diagonal L.
Isto é impossível para uma matriz defectiva, e para cada
autovetor que faltar a matriz de Jordan terá um 1 acima de sua diagonal
principal. Os autovalores aparecem na própria diagonal, porque J
é triangular. E autovalores distintos podem sempre ser desacoplados.
Ou seja, só l
repetidos que ocasionarão elementos fora da diagonal principal em
J.
-
Se A possuir s autovetores independentes, é
similar à uma matriz com s blocos:
-
-
Cada bloco Ji é uma matriz triangular
com somente um autovalor li
e um autovetor:
-
Quando o bloco tiver uma ordem m > 1, o autovalor
lié
repetido m vezes e existirão
1's
acima da diagonal. O mesmo autovalor li
deverá aparecer em alguns blocos, se este corresponder a vários
autovetores independentes. Duas matrizes são similares se elas tiverem
a mesma forma de Jordan J.
Exemplo