Exponencial de Matriz

Introdução

Definição


Introdução

 Quando é encontrado um sistema de equações ao invés de uma única equação, a utilização de matrizes facilita muito o desenvolvimento do problema. Isso era verdade para equações de diferença, onde a solução uk=Akuo dependia das potências de A. Também é verdade para equações diferenciais, onde a solução u(t)=eAtu0 depende da exponencial de A. Para definir esta exponencial, e para entendê-la, observe o exemplo:

O primeiro passo é sempre encontrar os autovalores e autovetores:

Agora há várias possibilidades, todas levando à mesma resposta. Provavelmente a melhor maneira é descobrir a solução geral, e compará-la ao vetor inicial uo em t = 0. A solução geral é a combinação de soluções puramente exponenciais. Estas são soluções de uma forma especial celtx, onde l é um autovalor de A e x é seu autovetor correspondente; eles satisfazem a equação diferencial, desde que d/dt(celtx)=A(celtx).

Exemplo:
 
ou

No instante zero, onde as exponenciais são e0 = 1, u0 determina c1 e c2:
 
ou

S é a matriz formada por autovetores. E as constantes c = S-1u0 são as mesmas que das equações de diferença. Logo, a solução na forma matricial fica:

Esta é a fórmula fundamental desta seção: u = SeLtS-1u0soluciona a equação diferencial assim como SLkS-1u0solucionava equações de diferença. As matrizes chaves deste exemplo são:

Agora vamos apresentar a definição de exponencial de matriz com base no que foi apresentado nesta breve introdução.

Para uma matriz diagonal L é fácil encontrarmos a exponencial; eLtsó possui os n números eltem sua diagonal principal. Para uma matriz genérica A, a melhor maneira é imitar a definição de séries de potência:

Se nós substituíssemos x por At e 1 por I (matriz identidade), a soma seria uma matriz n por n:

Isto seria a exponencial de At. A série sempre converge, e sua soma tem as seguintes propriedades:


Por esta última propriedade, u=eAtu0 soluciona a equação diferencial. Agora, lembrando que  (porque S cancela S-1), continuamos nosso desenvolvimento de eAt:



Definição:

Se A pode ser diagonalizada, A = SLS-1, então:

As colunas de S são os autovetores de A:

Exemplo