Estrutura Básica
Na figura 1 vemos a forma geral de um sistema realimentado
com os 3 módulos principais.
-
Módulo A – na malha direta, representando um
amplificador com função de transferência A, suposta
independente dos demais componentes
-
Módulo b
– na malha de retorno, representando uma estrutura normalmente passiva
com fator de realimentação ou função de transferência
b.
-
Módulo S
– compara, através da soma (realimentação positiva)
ou da diferença (realimentação negativa), a amostra
do sinal de saída com o sinal de entrada.
Figura 1
Os módulos A e b
estão em paralelo, e como tal, têm seus terminais igualmente
referenciados do ponto de vista da modelagem:
lado "1" à esquerda, lado "2" à direita.
Do ponto de vista do fluxo da informação
(sinal), é o contrário:
-
Malha direta – A – entrada à esquerda
-
Malha de retorno – b
– entrada à direita
No lado "2", saída do sistema, uma amostra do
sinal de saída alimenta o módulo de realimentação.
Esta amostragem pode ser feita de 2 formas:
-
Amostra de tensão – a entrada de "b
" é conectada em paralelo com a saída de "A", de modo que
compartilham a mesma tensão (ou parte dela). Caracteriza-se pelo
nó em comum.
-
Amostra de corrente – a entrada de "b
" é conectada em série com a saída de "A", de modo
que têm em comum a corrente na carga (ou parte dela). Caracteriza-se
pela malha comum.
No lado "1", entrada do sistema, ocorre a comparação
[soma] entre os sinais da fonte externa "E" e o obtido na saida "b
" (SR), também de 2 modos distintos.
-
Comparação de corrente – a entrada de
"A" é conectada em paralelo com a saída de "b
", de modo que compartilham a corrente fornecida pela fonte externa (ou
parte dela). Caracteriza-se pelo nó comum aos 3 elementos.
-
Comparação de tensão – a entrada
de "A" é conectada em série com a saída de "b
", de modo que compartilham a tensão fornecida pela fonte externa
(ou parte dela). Caracteriza-se pela malha formada pelos 3 elementos.
Obs:
-
para a corrente, note que a amostragem se faz em série
mas a comparação em paralelo. Para a tensão ocorre
o contrário ! ! ! !
-
a caracterização do tipo de realimentação
se faz na sequência
comparação Þ
amostra
série Þ
paralelo
Do diagrama acima obtemos as seguintes relações,
para o caso de realimentação negativa:
S = A . Se |
|
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SR = b
. S Þ AF
= S/E
|
Þ AF
= A / (1+ Ab ) |
(10.1)
|
Se
= E – SR |
|
|
Se a realimentação for positiva a comparação
se faz pela adição.
Se
= E + SRÞ
AF = S/E |
Þ AF
= A / (1 -
Ab ) |
|
Nestas equações é importante
identificar:
Ab
Þ ganho de malha
aberta
1+ Ab
ou 1- Ab
Þ quantidade
de realimentação negativa ou positiva
Se
Þ sinal de erro
= sinal efetivamente entregue ao amplificador
SR Þ
amostra do sinal de saida entregue ao comparador
AF = A/[1+ Ab
] Þ ganho de
malha fechada com realimentação negativa
AF = A/[1-
Ab ] Þ
ganho de malha fechada com realimentação positiva
Casos notáveis
a) com realimentação
negativa, se o ganho do amplificador (A) for muito elevado, o ganho de
malha fechada (AF) fica independente do
ganho do amplificador.
A Þ
¥ |
Þ AF
= A/[1+Ab ] |
Þ AF
= A/Ab = 1/b |
|
Os parâmetros de um amplificador variam muito
de um componente para outro, sendo portanto impossível determinar
com precisão a resposta a um estímulo qualquer. O ganho de
tensão de um AmpOp, por exemplo, situa-se na faixa de 104
a 106. A estrutura de realimentação, por outro
lado, é normalmente realizada com componentes passivos (resistores
e capacitores) de alta precisão (melhor que 1%), resultando num
ganho de malha fechada com a qualidade destes.
b) com realimentação
positiva, se:
A = -1/b |
Þ AF
=A/[1+Ab ] = A/0 =
¥ |
Þ Se
e SR indefinidos |
Resulta que a saída S existe mesmo que a
entrada seja nula. Trata-se de um OSCILADOR, que apresenta na saída
um sinal periódico cuja frequência é determinada pela
solução particular acima, onde A e b
são grandezas complexas.