Para obter um aumento significativo na
eficiência, é necessário que se decomponha a computação
da DFT em computações sucessivamente menores.
Nesse processo exploram-se ambas a simetria
e a periodicidade da exponencial complexa:
O princípio de decimação
no tempo é mais bem ilustrado para o caso especial em que N é
potência inteira de 2, i.e.:
(9) |
(10) |
Como
(11) |
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Com a computação reestruturada de acordo com a equação (11), pode-se comparar o número de multiplicações e adições requeridos com aqueles requeridos pelo cálculo direto da DFT. Anteriormente, foi visto que o cálculo direto requer N² multiplicações e adições complexas. Por comparação, a equação (11) requer o cálculo de duas DFT’s de N/2 pontos, as quais requerem 2(N/2)² multiplicações complexas e aproximadamente 2(N/2)² adições complexas. A combinação das 2 DFT’s requer N multiplicações complexas e N adições complexas, e logo a computação da equação (11) para todos os valores de k requer N + (N²/2) multiplicações complexas e adições complexas. Fica fácil verificar que para N>2, N + (N²/2) é menor que N².
A equação (11) corresponde
a quebrar a computação da DFT original, de N pontos, em duas
de N/2 pontos. Se N/2 for par, o que é sempre verdade se N for potência
de 2, podemos computar a DFT de N/2 pontos quebrando cada somatório
na equação (11) em duas DFT’s de N/4 pontos, as quais combinadas
geram a DFT de N/2 pontos. Então G(k) e H(k) na equação
(11) podem computadas como indicado abaixo:
(12) |
(13) |
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Substituindo o esquema indicado na fig.4 no diagrama de fluxo dado pela fig.3, obtém-se o diagrama de fluxo completo indicado na fig.5., também reproduzida de Oppenheim e Schafer, Digital Signal Processing,1975.
Para a DFT de 8 pontos que estamos utilizando como ilustração, o cálculo foi reduzido ao cálculo de DFT’s de 2 pontos. A fig.6, reproduzida aqui de Oppenheim e Schafer, Digital Signal Processing,1975, mostra o diagrama de fluxo da DFT de 8 pontos.
Para o caso mais geral onde N é uma potência de 2 maior que 3, pode-se proceder decompondo as transformadas de N/4 pontos nas equações (12) e (13) em transformadas de N/8 pontos, e continuar até que tenham-se somente transformadas de 2 pontos. Isto requer n rodadas de cálculos, onde n = log2 N .
Anteriormente foi visto que na decomposição
original de uma transformada de N pontos em 2 transformadas de N/2 pontos,
o número de multiplicações e adições
complexas requeridas é N + 2(N/2) ². Quando as transformadas
de N/2 pontos são decompostas em transformadas de N/4 pontos, o
fator de (N/2) ² é substituído por N/2 + 2(N/4) ²,
e logo a computação completa requer N+N+2(N/4) ² multiplicações
e adições complexas. Procedendo desta forma tantas vezes
quanto possível, o número de multiplicações
e adições complexas será igual a N log2N.
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