Teorema 3

Se a transformação de estado (9) for aplicada ao sistema
 
= A . x + B . u
y = C . x
(12) = (5)

então as equações de estado resultantes têm a forma
 
(13)

onde o sub-sistema de dimensão k
 
(14)

é (completamente) controlável por u, enquanto que o sistema de dimensão n - k
 
(15)

é completamente incontrolável.

Os polos do sistema são os auto-valores de 11 , ditos modos controláveis e os de 22, ditos modos incontroláveis .
 
 

Prova:

Primeiramente vamos provar que z  R[PcA.z  R[Pc}. (16)

Com efeito, sejam 12, ..., nm   tais que
 

Mas de acordo com o teorema de Caley-Hamilton  tais que
 

Aplicando este fato, é claro que então as k primeiras colunas de
 
AQ- 1 = [Ap1 , Ap2 , ..., Apn
(17)

pertencem a R[PC ].

Sejam qiT as linhas de Q, i.e.,
 
 
(18)

Então, de Q Q -1 = I, em vista de (8), temos
 
(19)

Além disto, se z  R [Pc], então z é uma combinação linear de p1, p2 , ... pk e, portanto, em vista de (19), vem:
 
qiT.z = 0,   i = k+1, k+2, ...,n
(20)

Então,
 
(21)

Esta igualdade mostra que o bloco (2,1) de  = Q.A.Q-1 é efetivamente nulo (ver (13)). Este bloco é constituído pelos elementos comuns às n-k últimas linhas e k primeiras colunas de QAQ - 1 .

Por outro lado, tendo em vista que as colunas de B pertencem a R[PC ], de (20) concluimos que as últimas n - k linhas de  são nulas, confirmando (13).

Então já provamos que as equações de estado têm a forma (13). Mas então
 
(23)

Ora, por hipótese (e em vista do Lema (2)) esta matriz tem posto k.

Mas então a matriz [11.1   ... 11n-1.1] também tem posto k. (24)

E, consequentemente, usando o teorema de Cayley-Hamilton,

Pc:= [11.1   ... 11k-1.1] também tem posto k (25)

o que implica que o sub-sistema
 
111.11.u
(25a)

é completamente controlável

Mas de (13), vem
 
(25b)

Seja  o controle aplicado a (25a) que leva o estado inicial (arbitrário) 1(0) à origem em tempo T.

Considere-se o sub-sistema regido por
 
111.11.u +12.2
(25c)

É claro que se aplicarmos o controle  a este sistema, obteremos por superposição, em vista de (25b):

Então, para obtermos 1(T) = 0, basta aplicar a (25a) um controle que leve o estado de 1(0) a

E isto prova que o sub-sistema (25c) é (completamente) controlável por u(t).

Que o sub-sistema (15) seja completamente controlável, é obvio, uma vez que ele não está submetido a controle.

Finalmente seja (.) a lista de auto-valores de uma matriz, chamado o spectrum da matriz.

Sabemos que (A) = (), onde  = Q.A.Q-1

Por outro lado, de (13), vem
 

Concluindo a prova.