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A violação de direitos autorais é passível de sanções civis e penais.
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Coleção Digital
Título: MUDANÇAS OCEANOGRÁFICAS E CLIMÁTICAS NOS ÚLTIMOS 50 MIL ANOS NO SUDOESTE DO ATLÂNTICO COM BASE EM REGISTROS DE PALEO-INDICADORES ORGÂNICOS E INORGÂNICOS NA MARGEM CONTINENTAL DO RIO DE JANEIRO, BRASIL Autor: LETICIA GOMES DA LUZ
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):
RENATO DA SILVA CARREIRA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 47124
Catalogação: 19/03/2020 Liberação: 19/03/2020 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47124@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47124@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47124
Resumo:
Título: MUDANÇAS OCEANOGRÁFICAS E CLIMÁTICAS NOS ÚLTIMOS 50 MIL ANOS NO SUDOESTE DO ATLÂNTICO COM BASE EM REGISTROS DE PALEO-INDICADORES ORGÂNICOS E INORGÂNICOS NA MARGEM CONTINENTAL DO RIO DE JANEIRO, BRASIL Autor: LETICIA GOMES DA LUZ
Nº do Conteudo: 47124
Catalogação: 19/03/2020 Liberação: 19/03/2020 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47124@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47124@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47124
Resumo:
As condições do aporte e a composição do material que é depositado no talude
continental brasileiro e sua relação com a paleoceanografia e o paleoclima da margem
continental sudeste brasileira (SEBCM) entre os períodos eventos glacial e interglacial
ainda são pouco estudados e assim a pesquisa da tese tem como eixo principal a
aplicação de indicadores orgânicos e inorgânicos para reconstruir variações das
condições paleoambientais na porção sudoeste do Atlântico Sul. Adicionalmente, a
pesquisa aplica métodos analíticos e ferramentas interpretativas recentes
desenvolvidas para a análise de compostos orgânicos aplicada de forma inédita em
amostras da região, como a determinação de (14)C-alquenonas. Além disso, neste estudo
a discussão de biomarcadores específicos como esteróis e glicerol dialquil glicerol
tetraéteres (GDGTs) é feita a partir da mais antiga reconstrução destes marcadores na
região da SEBCM.
Amostras de registros sedimentares da SEBCM foram utilizadas para aplicar
uma metodologia de isolamento das alquenonas pela primeira vez na literatura
(Capítulo 4). A purificação se apresentou eficiente para isolar as alquenonas de forma
adequada para análise isotópica (14C-alquenonas), importante para avaliar processos
paleoambientais. O modelo de idade foi desenvolvido para dois testemunhos e uma
descrição geral do ambiente de sedimentação (Capítulo 5) foi realizada a partir de
parâmetros bulk ((porcento)COT, (porcento)NT, (porcento)carbonatos), granulometria e elementos
majoritários (Ti/Ca, Fe/Ca, Ti/Al e Si/Al) que mostrou diferenças na composição do
material depositado no transecto do talude e permitiu estimar processos sedimentares
que influenciaram a transição entre glaciação e interglaciação em relação aos aportes
continentais, em que a distância da costa e a profundidade da coluna d água são fatores
controladores da composição sedimentar.
Foi possível observar e um gradiente de profundidade bem definido em relação
a composição do material orgânico entre a região de quebra de plataforma e talude
intermediário a partir de uma abordagem de investigação de biomarcadores múltiplos
(registros de alquenonas, esteróis, n-álcoois e n-alcanos e também sucessões dos
ecossistemas entre os eventos MIS3 a MIS1 (Capítulo 6). Na região mais externa, o
perfil de temperatura acoplada com as mudanças na composição de organismos
planctônicos evidenciou uma importante contribuição de dinoflagelados no MIS3,
diatomáceas durante condições climáticas mais adversas (MIS2) e cocolitoforídeos
associados a maiores temperaturas no Holoceno (MIS1). O aporte de lipídeos
terrígenos na região de quebra de plataforma refletiu a história da cobertura vegetal e
clima na região e indicou predomínio de plantas adaptadas a clima mais seco durante
os MIS3 e MIS2 e expansão de plantas de clima úmido (ex. Mata Atlântica) a partir
do início do Holoceno.
A reconstrução da oceanografia das águas do Atlântico sudoeste foi realizada
em uma abordagem inédita a partir da composição isotópica de delta18(O) e delta13(C) de
foraminíferos planctônicos, determinação da temperatura superficial e subsuperficial
(U37(k) e TEX86(h) respectivamente) e da estimativa salinidade (deltaD-alquenonas e delta
18(O)água do mar) (Capítulo 7). Dois registros sedimentares possibilitaram a investigação das
diferenças entre a história oceanográfica costeira e oceânica da região. Apesar da
proximidade dos dois registros, as histórias glaciais são distintas, em que as condições
oceanográficas históricas de circulação revelaram acoplamentos entre temperatura e
salinidade das águas superficiais da SEBCM e as condições do clima continental
adjacente (anomalias do Sistema de Monções do Atlântico Sul) durante o glacial,
Terminação I e Holoceno. Há indícios que este gradiente é controlado na quebra da
plataforma pelos processos influenciados pela dinâmica das Águas de plataforma e no
talude intermediário pelos processos oceânicos externos (Corrente do Brasil e Giro
Subtropical do Atlântico Sul). Por fim, os resultados mostraram que o
enfraquecimento da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (CRMA) no
período e após a Terminação I pode transportar águas mais quentes para região mais
próxima à costa, que pode acarretar aumento gradativo de chuva sobre a região
costeira sudeste do Brasil.
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