Esta dissertação visa apresentar os resultados de uma pesquisa qualitativa que considerou uma revisão bibliográfica e documental, além de dados oriundos de uma etnografia realizada na cidade do Rio de Janeiro, entre grupos de homens que se relacionam sexualmente com outros homens, todos praticantes do sexo sem preservativo – também conhecido como sexo bareback. Uma literatura especializada em gênero e sexualidade, boletins epidemiológicos e comportamentais e a observação de pequenos clubes masculinos privados dedicados ao sexo sem preservativo se constituem o campo desta investigação. No escopo deste estudo, destacam-se duas descobertas: a) a hegemonia de um corpo erógeno que ultrapassa o sexual no sentido biológico, e b) e a preponderância dos sentidos, em especial do sentido tátil, por meio de valores e significados atribuídos à pele.