As tecnologias 3D estão se consolidando em espaços profissionais e, entre suas possibilidades de uso, está seu emprego no contexto educacional. As pesquisas para desenvolvimento de tecnologias partem de um referencial ainda distante da realidade educacional e com predominância de visões advindas do público adulto. Nesse sentido, há espaço para o entendimento de como as crianças experimentam tais tecnologias - impressão 3D (manufatura aditiva), modelagem 3D e escaneamento 3D - no ambiente escolar da Educação Infantil. A presente pesquisa busca investigar qual a contribuição da experimentação das tecnologias 3D para a Educação Infantil, objetivando abrir possibilidades para o entendimento das formas de experimentação pelos alunos. A partir da leitura de documentos governamentais e de teóricos da educação e do desenvolvimento infantil, além do levantamento de outras experiências semelhantes, foi estruturado um experimento composto por três encontros, baseados no método de pesquisa-ação. O primeiro encontro ocorreu no espaço não formal do museu - para apresentação das tecnologias - e os outros dois no ambiente de sala de aula - para a experimentação e reflexão sobre as tecnologias. Para o experimento, foram selecionadas três turmas do último ano da Educação Infantil da escola Curiosa Idade, além do Museu Internacional de Arte Naif. Para a análise dos dados obtidos, foi utilizada a abordagem da Sociolinguística Interacional. Foi constatado que os alunos do último ano da Educação Infantil são capazes de compreender todo o processo, do escaneamento 3D de objetos, passando pela customização via modelagem 3D e chegando ao objeto modificado impresso em 3D. Além disso, verificou-se que a ludicidade e a criatividade são potencializadas pelo uso das tecnologias 3D.