A atividade da ourivesaria possui registros desde o Egito antigo e é, tradicionalmente, uma atividade familiar, passada de pai para filho e principal atividade técnica do setor joalheiro. No entanto, esta realidade está mudando e no Brasil existem, atualmente, alguns cursos técnicos para o ensinamento do ofício. Esse movimento decorre, em grande parte, da dificuldade que as empresas enfrentam em recrutar e reter esses profissionais. Diferentemente, do que acontecia em décadas anteriores, quando havia identificação e interesse dos jovens em seguir a profissão de seus pais e avós, atualmente são raros os casos em que a profissão de ourives passa de geração para geração, fazendo com que este profissional seja cada vez mais escasso no mercado. A percepção da dificuldade de atrair e reter esses profissionais motivou a realização dessa dissertação, que buscou identificar os valores desses profissionais, bem como comparar esses valores entre as diferentes gerações que exercem a profissão, atualmente. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com um grupo de trinta profissionais do ramo com um questionário fechado e, posteriormente, entrevistas semi-estruturadas, caráter exploratório, com dezesseis profissionais de diferentes gerações e níveis técnicos, visando identificar seus valores e motivações. Uma vez identificados os valores, os mesmos foram classificados e comparados entre as diferentes gerações e analisados à luz da literatura sobre estes assuntos. Com base nos resultados obtidos foram sugeridas ações e políticas capazes de auxiliar na retenção e motivação destes profissionais.