Modos de Operação - Classificação

 Basicamente, os amplificadores são classificados em 4 categorias – A–B–C–D –  de acordo com a relação entre as formas de onda das correntes na entrada de sinal e no coletor do transistor de saída.

1. Classe A – o sinal na saída ,corrente no coletor,  é uma cópia fiel do sinal de entrada, conforme pode ser visto na figura 6.1a para uma forma de onda senoidal. A corrente de polarização do transistor ICQ é maior que o pico de corrente na carga, pois o transistor opera na região ativa  durante todo o ciclo.

2. Classe B – o transistor é polarizado no corte, com  VBE=0 e IC=0. Resulta que a saída reproduz apenas um dos semi-ciclos do sinal de entrada. Na verdade, o ângulo de condução é ligeiramente inferior a 1800, visto que o transistor só começa a conduzir quando a tensão base-emissor alcança cerca de 600mV. Para a reprodução integral da entrada são necessários 2 transistores, que trabalham alternadamente (circuito PUSH-PULL). O sinal na saída apresenta uma pequena distorção – conhecida como “cross-over” ou zona morta – durante a transição da corrente de um transistor para o outro (ver fig. 6.1b), que tende a desaparecer quando a saída é alta.

3. Classe AB – é uma variante do classe B. O transistor é polarizado quase no corte – VBE 600mV e IC<<  – e portanto, a condução ultrapassa 1800. A zona morta pode ser anulada ajustando-se adequadamente o ponto de operação. (ver fig. 6.1c).

4. Classe C – o transistor é polarizado no corte, com  VBE<0 e IC=0. O ângulo de condução é inferior a 1800, resultando em forte distorção, que só pode ser corrigida com o auxílio de filtros especiais [filtros sintonizados]. Seu uso está restrito à área de telecomunicações, nos amplificadores sintonizados. (ver fig. 6.1d).

5. Classe D – o transistor é operado do mesmo modo que uma chave, isto é, cortado (chave aberta) ou saturado (chave fechada). Desse modo, a dissipação de energia no transistor é mínima, pois na saturação, VCE<< e no corte, IC=0. O rendimento destes amplificadores pode chegar a 95% para potências superiores a 200W.

O sinal analógico da entrada é convertido em um trem de pulsos (onda retangular) de amplitude constante, com relação de períodos (duty cycle) variavel em função do valor instantâneo do sinal –  modulação PWM. Na saída o sinal é reconvertido mediante um filtro passa-baixa não dissipativo (LC). Atualmente este tipo de amplificador é o mais usado, não só na faixa de áudio mas principalmente no acionamento de motores industriais trifásicos de média potência (20kW). (ver fig. 6.1e).
 
Figura 6.1